terça-feira, 15 de setembro de 2009

DIÁLOGO SILENCIOSO

Queria poder dizer-te tanto

do que sinto, do que me vai na alma.

Despir-me de todos os pejos,

de todos os medos,

de todos os obstáculos,

e poder dizer-te que te amo.

Não espero nada,

não desejo nada,

pois nada posso oferecer-te

a não ser a minha insignificância,

a minha impossibilidade de ser completo.

Sou apenas um poeta a imaginar

o amor ideal.

O que me resta é o verso,

companheiro da minha solidão,

desse encontro único

da minha existência com o meu desejo de ser.



Anselmo Oliveira

Aju, 22/02/2008 às 23h27min

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