sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fim da tarde de sexta-feira

Falta poesia no fim da tarde da sexta-feira.
Não existem mais olhos para os versos,
ao inverso,
os olhos estão fixos nas cotações das bolsas.
As musas não se deixam conquistar,
agora, conquistam e se apossam como donas.
O amor é vendido a prestações,
aceitam-se cheques pós-datados, cartões de crédito,
soube outro dia, até mesmo tickts refeições.
Falta poesia no fim da tarde de sexta-feira,
e o solo de piano visita Chopin.

2 comentários:

  1. Caro Ancelmo, nessa vida globalizada e consumista, onde os valores são relegados, em que vale mais o ter do que o ser, o dia a dia tem que ser negociado no mercado da sobrevivência. Pelo menos a natureza quando não está aborrecida, sabe expressar com a beleza de um fim de tarde, nos presenteando com um bonito por de sol. Já deu para notar que a ilustração do texto, ajudou no meu comentário. Um abraço, Armando.

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  2. Que versos lindos! Parabens Anselmo por conseguir transmitir tanta poesia e musicalidade (Tristese de Chopin?)neste realistico "Fim de tarde da Sexta-feira". Quanto a foto, se voce tiver uma copia maior, por favor, me envie por email. Quero copia-la aqui na Australia em "Canvas" e coloca-la em um quadro. Em materia de "natureza morta" esta foto eh uma verdadeira obra de arte meu amigo. Congratulations again!

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